A Igreja de Jesus Cristo-Uma Perspectiva Histórico-Profética

A Igreja de Jesus Cristo-Uma Perspectiva Histórico-Profética
Tradução do livro "La Iglesia de Jesucristo, una perspectiva histórico-profética" de Arcadio Sierra Diaz

quinta-feira, 13 de março de 2008

Alguns Testemunhos dos Irmãos

APÊNDICE DE FILADÉLFIA
ALGUNS TESTEMUNHOS DOS IRMÃOS
(Citados por Watchman Nee em A Ortodoxia da Igreja)


"Um irmão me disse que é obvio nas Escrituras que os crentes reunidos juntos como discípulos de Cristo, eram livres para partir o pão juntos como o Senhor nos encomendou; e que, até onde a prática dos apóstolos pode ser um guia, cada domingo deve ser separado para recordar a morte do Senhor e obedecer ao que Ele exigiu ao partir".

"Caminhando em certa ocasião com um irmão, a medida que descíamos pela rua Lower Pembroke, me disse: ‘Não tenho dúvida de que este é o propósito de Deus com relação a nós, devemos estar juntos com toda simplicidade como discípulos, não servindo em qualquer púlpito ou ministério, senão confiando que o Senhor nos edificará juntos ministrando, uma vez que Ele se agradou de nós e nos viu com bons olhos’. No momento em que ele falou estas palavras, fiquei convencido de que minha alma recebeu o entendimento correto, e que recordo aquele momento como se fosse ontem, e posso descrever o lugar. Foi o dia da grande revelação de minha vida, permitam-me falar assim, como um irmão". (J. G. Bellet)

"Em primeiro lugar, não é uma união formal dos grupos publicamente conhecidos, que é desejável; realmente é surpreendente que ponderados protestantes possam desejá-la: longe de estar fazendo o bem, creio que seria impossível que tal corpo fosse pelo menos reconhecido como a Igreja de Deus. Seria uma cópia de unidade da Católica Romana; perderíamos a vida da Igreja e o poder da palavra, e a unidade da vida espiritual seria totalmente eliminada... A verdadeira unidade é a do Espírito, e deve ser trabalhada pelo obrar do Espírito... Nenhuma reunião que não conceba incluir a todos os filhos de Deus na base completa do reino do Filho alcança encontrar a plenitude da benção, porque não a contempla, porque sua fé não a inclui... onde dois ou três estão reunidos em Seu nome, Seu nome é recordado ali para benção..."Além disso, a unidade é a glória da Igreja; mas a unidade para assegurar e promover nossos próprios interesses não é a unidade da Igreja, senão uma confederação e negação da natureza e esperança da Igreja. A unidade própria da Igreja, é a unidade do Espírito, e só pode estar nas coisas próprias do Espírito, e por tanto só pode ser aperfeiçoada nas pessoas espirituais..." Mas o que deve fazer o povo do Senhor? Deve esperar no Senhor, e esperar de acordo com o ensinamento de Seu Espírito, e em conformidade à imagem, pela vida do Espírito, de Seu Filho. Deve seguir seu caminho pelas pisadas do rebanho, se quiserem saber onde o bom Pastor alimenta Seu rebanho ao meio dia"."Porque nossa mesa é a mesa do Senhor, não a nossa, recebemos a todos os que Deus recebe, a todos os pobres pecadores escapando para o Senhor como refugio, não descansando em si mesmos, senão somente em Cristo". (John Nelson Darby em A Natureza e a Unidade da Igreja de Cristo.)

" Em 1825, Em Dublin, capital da Irlanda, houve muitos crentes cujo coração foi movido por Deus para amar todos os filhos do Senhor, não importando em qual denominação estivessem. Este tipo de amor não foi frustrado pelo muro da denominação. Eles começaram a ver que a Palavra de Deus diz que há apenas um Corpo de Cristo, não obstante em quantas seitas os homens possam dividi-lo. Eles continuaram lendo as Escrituras e viram que o sistema de um homem administrando a igreja e de um homem pregando não é bíblico. Então eles começaram a reunir-se cada domingo para partir o pão e orar. O ano de 1825 foi – após mais de mil anos de igreja católica romana e varias centenas de anos de igrejas protestantes – a primeira vez em que houve um retorno à adoração simples, livre e espiritual conforme as Escrituras. No início eram duas pessoas mais tarde, quatro ou cinco. Esses crentes, aos olhos do mundo, eram inferiores e desconhecidos. Mas eles tinham o Senhor no meio deles e a consolação do Espírito Santo. Eles permaneceram sobre a base de duas claras verdades: primeiramente, que a igreja é o Corpo de Cristo e que este Corpo é apenas um; em segundo lugar, no Novo Testamento não havia sistema clerical. Portanto, todos os ministros da Palavra estabelecidos pelos homens não são bíblicos. Eles acreditavam que todos os verdadeiros crentes são membros deste único Corpo. Recebiam calorosamente todos os que vinham para o seu meio, não importando a que denominação pertencessem. Não tinham preconceito contra qualquer seita. Eles criam que todos verdadeiros crentes têm a função de sacerdote; portanto todos podem entrar livremente no santo dos santos. Eles também acreditavam que o Senhor Ascenso concedera diversos dons à igreja para aperfeiçoamento dos santos, para a edificação do Corpo de Cristo. Portanto, eles foram capazes de renunciar aos dois pecados do sistema clerical – oferecer sacrifícios e pregar a Palavra. Estes princípios capacitaram-nos a dar boas-vindas a todos os que estão em Cristo como seus irmãos e a estarem abertos a todos os ministros da Palavra ordenados pelo Espírito Santo para servir.".(Watchman Nee, em A Ortodoxia da Igreja, capítulo 7, A Igreja em Filadélfia).

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